Vamos falar um pouco mais sobre as características do gene KPC.
Apesar do gene KPC ter sido descrito pela primeira vez em um isolado de Klebsiella pneumoniae, hoje sabemos que ele não é um gene exclusivo desta gênero bacteriano. Este gene já foi descrito em isolados de Enterobacter cloacae, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosas, Morganella morganii, Acinetobacter baumanni. Estudos recentes no grupo de resistência bacteriana da UPE (Universidade de Pernambuco) sobre resistencia bacteriana, mostram a presença do gene KPC também isolados de Serratia marcences.
Então aí vai outra dica bem importante, ao escutarmos falar em KPC não podemos atribuir a presença deste genes apenas a Klebsiella pneumoniae, já que como foi dito neste texto outras bactérias também pode adquirilo.
Este gene é mediado por plasmídeos, ou seja, sua disseminação em um ambiente hospitalar é muito mais fácil devido aos mecanismos de transmissão de genes ( conjugação bacteriana). É necessário apenas a interação de duas bactérias diferentes, uma com o gene KPC e outra sem, que por conjugação bacteriana uma bactéria passa o gene de resistência para outra. Associado ao gene podemos também observar a presença de integrons e transposons e esses elementos do DNA bacteriano aumentam o nível de resistência dos micro-organismos.
Estrutura de um transposon |
Inserção de um cassete gênico em um integron |
Bem pessoal, por hoje é só!
Amanhã postaremos sobre o diagnóstico laboratorial de KPC!
Então Biomédicos, Farmacêuticos, Biólogos e áreas afins fiquem de olho....
Por Willames "Burkholderia e Thais "Morganella"
Por Willames "Burkholderia e Thais "Morganella"
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